Micronutrientes: a base invisível da saúde, longevidade e performance esportiva

Micronutrientes: a base invisível da saúde, longevidade e performance esportiva

Por Prof. Dr. Paulo Puccinelli
Médico do Esporte | Doutor em Fisiologia do Exercício | Triatleta amador

Quando falamos em saúde e performance no triathlon, as conversas geralmente giram em torno de volume, intensidade, FTP, VO₂máx e estratégias de recuperação. Mas pouco se fala sobre os alicerces menos visíveis que sustentam tudo isso: os micronutrientes.

Vitaminas, minerais, antioxidantes e compostos bioativos presentes nos alimentos – especialmente frutas, vegetais e alimentos fermentados – desempenham papéis críticos que vão muito além da simples “prevenção de doenças”. Eles são reguladores finos do metabolismo celular, da imunidade, da síntese proteica e até do equilíbrio hormonal. Sem eles, o corpo do atleta simplesmente não funciona em sua plenitude.

Por que os micronutrientes importam tanto para quem treina?

Durante os treinos de endurance, o corpo é constantemente exposto a estresse fisiológico. Esse estresse gera adaptações positivas, mas também aumenta a produção de radicais livres, compromete temporariamente a função imunológica e exige um metabolismo eficiente para reparo e crescimento muscular. Tudo isso demanda cofatores bioquímicos, que vêm dos micronutrientes.

Alguns exemplos importantes:

  • Ferro, B12 e folato: fundamentais para a produção de glóbulos vermelhos e transporte de oxigênio.
  • Magnésio e zinco: atuam em centenas de reações enzimáticas, incluindo metabolismo energético e síntese proteica.
  • Vitamina D: regula o sistema imune, o sistema nervoso e a saúde óssea.
  • Antioxidantes naturais (como vitamina C, E e compostos vegetais): combatem o estresse oxidativo gerado pelos treinos intensos.

A carência leve, crônica e subclínica de alguns desses nutrientes pode não gerar sintomas imediatos, mas compromete recuperação, imunidade, consistência nos treinos e até a longevidade atlética.

E na prática: estamos consumindo o suficiente?

Idealmente, uma dieta rica, variada, colorida e baseada em alimentos in natura cobre grande parte das nossas necessidades. Mas entre o ideal e a realidade, existe um abismo. Mesmo atletas disciplinados muitas vezes enfrentam desafios como uma rotina corrida com refeições apressadas, baixa qualidade reduzida dos alimentos industrializados e ultraprocessados e a maior necessidade metabólica por conta da carga de treino.

Esse contexto cria um terreno fértil para deficiências nutricionais silenciosas, que se manifestam como cansaço crônico, maior suscetibilidade a infecções, piora da qualidade do sono, baixa recuperação muscular ou simplesmente perda de rendimento.

A importância de uma base sólida

Para construir uma boa longevidade esportiva é preciso investir na base. E essa base inclui mais do que planilhas de treino: envolve sono de qualidade, hidratação, saúde intestinal, controle do estresse e suporte nutricional adequado.

Os micronutrientes não são apenas “detalhes”. São os tijolos e o cimento da estrutura biológica que sustenta a performance. Cuidar dessa dimensão é, portanto, uma estratégia não só de rendimento, mas de longevidade esportiva e de qualidade de vida.


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