Especial Jan Frodeno: Parte 1

Especial Jan Frodeno: Parte 1
Parte 1: O início no esporte
Nascido na cidade alemã de Colônia em 18 de agosto de 1981. Precisaremos viajar até a Cidade do Cabo, África do Sul, onde sua família foi morar em 1992. Com 15 anos de idade, Frodeno conta em sua biografia, que foi influenciado por sua mãe, Christa Frodeno, a fazer natação. Extremamente alto e magro desde jovem, logo viu que levava jeito para a coisa e na mesma época, começou a se apaixonar pelo surf, modalidade extremamente comum no país. Aos 18 anos, em 1999, ele começa a disputar competições de surf pela equipe Clifton Surf Lifesavers, deixando de lado as braçadas. Todos da família imaginaram que este seria o destino do rapaz, um surfista profissional, mas Jan relata que, assistindo aos Jogos Olímpicos de Sydney em 2000, descobre sua nova paixão (e profissão): O TRIATHLON.
“Era o ano de estreia do esporte nas olimpíadas e havia noticiários o tempo todo sobre isso. Os Jogos foram algo que parou o país por se tratar da última do século 20 e todas essas coisas. Me lembro de ser dispensado da escola para acompanhar algumas transmissões e entre elas estava o triathlon. Não fazia ideia do que era o esporte, nunca havia ouvido nada sobre. Mas, ver o Simon (Whitfield) e a Brigitte (McMahon) correrem me deixou deslumbrado. Desde aquele momento eu quis praticar o esporte.”
Foi no ano seguinte, mais especificamente, em 3 de março de 2001, que um dos maiores triatletas de todos os tempos estreou no esporte, foi no Club Mykonos na Cidade do Cabo, onde disputou a Copa Africana de Triathlon Júnior. As pessoas não faziam ideia, mas na modesta 21ª colocação (prova que foi vencida por Tim Don) estava Jan Frodeno. O resto é história!
Em algumas entrevistas, Frodeno contou que vendeu sua bicicleta por uma passagem de avião para a Europa para competir na liga alemã. Depois de uma temporada com várias vitórias nos circuitos Junior, foi convocado pela seleção sub-23 do país. Disputou duas provas grandes em 2002, as etapas europeias (da então) ITU, em Frankfurt e Hannover, ficando em 22º e 18º, respectivamente. Em 2003 foram 7 provas, nisso Frodeno já morava na Europa, e seu melhor resultado foi o 2º lugar na Taça Europeia de Triathlon, em Zagreb. Para se ter uma ideia da qualidade do prodígio alemão, nesta época ele nadava os 1500m em 18:56, pedalava os 40kms em 56:45 e corria os 10km finais em 30:45.
O ano seguinte foi uma temporada que ele mesmo definiu: “2004 deixou claro para mim que eu só queria uma coisa: me tornar profissional”. O que fez Frodo dizer isso foi a excelente participação no World Championship ITU sub-23, disputado em Funchal, Portugal. A medalha de prata foi conquistada em um sprint contra o suíço Ruedi Wild e abriu os olhos para o que realmente Jan Frodeno queria fazer em sua vida. 
A decisão de largar entre os profissionais
Era esperado que não seria um ano de bons resultados pois a qualidade dos adversários seria muito maior. Competir contra Tim Don, Andy Potts, Hunter Kemper, Javier Gómez Noya entre outras feras não seria nada fácil. Mesmo assim, ao final das 6 etapas do campeonato mundial da ITU, Frodeno ficou na surpreendente 3ª colocação e mostrou que era só o começo. Abaixo, Javier Gómez Noya e Jan Frodeno na largada da Copa do Mundo de Triathlon da ITU, em Mazatlán, México. Abril de 2005.
Fotos: Frank Wechsel / ITU (World Triathlon)
Em 2006 Jan começou a integrar o time masculino de revezamento da Alemanha. Foi onde começou a treinar com mais intensidade e o resultado veio no ITU Triathlon Team Relay World Championships. A equipe alemã ficou atrás somente dos EUA e levou a prata naquele ano, firmando com uma das favoritas no cenário mundial. O ano seguinte veio e com ele Frodeno foi ganhando espaço e reconhecimento e das 9 provas individuais que largou, sua pior posição foi um 7º lugar, e em 3 corridas, ficou em 2º. 
Team Alemanha: Maik Petzolt, Jan Frodeno e Daniel Unger na chegada do Campeonato Mundial de Revezamento por Equipe da ITU, em Cancún, México. Novembro de 2006.
Fotos: Frank Wechsel / ITU (World Triathlon)
No ano Olímpico (2008) a Europa ficou pequena, era hora de conquistar o mundo.
…continua na parte 2.
Diogo Oliveira Editor-Chefe MundoTri