Em 2016 recebemos os melhores do mundo em casa. A praia de Copacabana foi o palco do triathlon nas Olimpíadas, em um percurso montado especialmente para acomodar o público que acompanhou de perto a grande disputa.

No feminino, todas as atenções se voltavam para a estadunidense Gwen Jorgensen. Desde 2014 ela vinha fazendo história no triathlon, e acumulando bagagem que sustentariam o favoritismo no Rio em 2016. Foi a primeira mulher na história a vencer 4 etapas consecutivas da World Triathlon Series em 2014, e ampliou este recorde em 2015, quando ganhou nada mais nada menos que 13 etapas na sequência. Os números se traduziram em dois campeonatos mundiais na conta de Gwen, em 2014 e em 2015. Por isso, chegou ao Rio em 2016 com todos os holofotes sobre si, e um absoluto favoritismo.

No masculino, o até então atual campeão olímpico Alistair Brownlee continuava dando claros sinais de que poderia repetir a dose nos Jogos do Rio, e levar um título olímpico para a casa. Com isso, se tornaria a primeira pessoa na história do triathlon a ostentar duas medalhas de ouro em Olimpíadas. Assim como Jorgensen no feminino, Alistair também chegou ao Rio como favorito para vencer a prova masculina.

A delegação brasileira chegou ao Rio com dois veteranos: Pâmella Oliveira e Diogo Sclebin.

Prova feminina

Tanto na natação quanto no ciclismo, a prova foi marcada pela presença de grandes pelotões. A briga pelo primeiro lugar realmente começou durante os 10 quilômetros finais, na etapa da corrida. A favorita Gwen Jorgensen foi seguida de perto pela suíça Nicola Spirig. Outra fortíssima candidata ao ouro, Spirig buscava o mesmo que Alistair: ser a primeira pessoa da história do triathlon a conquistar 2 ouros olímpicos, já que chegava ao Rio com o currículo dourado após seu título em Londres / 2012.

No percurso dividido em 4 voltas de 2,5km cada, Jorgensen e Spirig correram lado a lado até o fim da 3ª volta. Logo no começo da última perna, Gwen atacou e segurou a vantagem até a linha de chegada, para vencer a prova com a parcial de 34’09” nos 10km finais.

Spirig chegou em 2º, correndo para 34’50”. Fechando o pódio, veio na sequência a britânica Vicky Holland, terminando a corrida também abaixo de 35 minutos.

Pâmella Oliveira fez uma excelente natação, saindo da água em 4º lugar. No entanto, perdeu posições no ciclismo e na corrida, fechando a prova na 40ª colocação.

Resultado completo da prova feminina.

Prova masculina

Entre os homens, a disputa também foi definida só na etapa da corrida. E, assim como aconteceu no feminino, no masculino o favoritismo também foi confirmado.

O britânico Alistair Brownlee fez história no Rio, conquistando seu segundo ouro olímpico na sequência. Campeão dos Jogos de Londres em 2012 e do Rio em 2016, ele ainda é a única pessoa na história a ser bicampeão olímpico no triathlon. E chega a Tóquio este ano para tentar ampliar ainda mais essa marca.

A prata também ficou com a família Brownlee. O também britânico Jonathan Browlee chegou em segundo lugar, após ter feito praticamente toda a prova ao lado do irmão. Foi superado apenas na corrida, etapa em que Alistair correu 7 segundos mais rápido.

O sul-africano Henri Schoeman completou o pódio. Curioso observar que, apesar das brilhantes performances dos 3 primeiros, as melhores parciais da corrida ficaram por conta dos 4º e 5º colocados. Se não tivessem saído quase 1 minuto atrás da água, o sul-africano Richard Murray e o português João Pereira poderiam ter levado o ouro, pois correram incríveis 30’34” e 30’38” respectivamente. Detalhe: em um dia marcado pelo calor característico do Rio de Janeiro!

O brasileiro Diogo Sclebin fechou a prova na 41ª colocação.

Resultado completo da prova masculina.