Uma das estratégias nutricionais mais evidenciadas atualmente para a melhora da performance em modalidades esportivas é o uso de bebidas energéticas antes das esportivas. Estudos recentes realizados com nadadores e corredores comprovaram que a performance foi melhorada com o uso das bebidas. Para quem é praticante de triatlo, as bebidas energéticas podem ser uma opção para otimizar o desempenho.

Natação Sprint

Pesquisadores do Department of Physical Education, School of Medicine and Health Science, University of Alcala, Madrid, realizaram um estudo com nadadores competitivos da modalidade de Sprint. O duplo cego randomizado reuniu 14 atletas do sexo masculino de Sprint e teve como objetivo avaliar o efeito de bebida energética com cafeína em diversos aspectos de desempenho. Foram realizados dois ensaios experimentais agudos após a ingestão de bebida energética contendo cafeína em uma dose de 3 mg por kilo de peso corporal, associada a outro grupo que consumiu a mesma bebida energética sem a substância. Após 60 minutos, os nadadores realizaram um salto de contra-movimento, um teste de punho máximo, uma competição simulada de 50 metros e teste em ergômetro de natação. Os resultados demostraram que, em comparação com o placebo, a bebida cafeinada ingerida possibilitou um aumento na altura do salto contra-movimento, da força máxima no teste de punho máximo e no teste de ergômetro de natação, além de reduzir o tempo necessário para completar a competição de natação simulada de 50 metros.

Corrida

Um estudo realizado por pesquisadores da University of Pittsburgh’s School of Education Student Research Grant e da Grove City College, Pennsylvania verificou a eficácia das bebidas para a melhora do desempenho em corridas de 5k. O estudo foi realizado com 18 corredores amadores (13 homens e 5 mulheres) com idade entre 17 e 23 anos. Os voluntários que consumiram a bebidas energéticas foram 30,4 segundos mais rápidos em comparação com os que ingeriram a bebida placebo. A melhora no resultado foi atribuída a combinação de componentes das bebidas energéticas. Métodos: o estudo utilizou o design duplo-cego, cruzado e o participantes foram submetidos a 3 dias de teste de VO2máx. Os testes ocorreram à mesma hora todos os dias a uma temperatura ambiente entre 19-21ºC e uma umidade relativa de 35-40%. Durante a primeira visita ao laboratório, todos os participantes realizaram um teste de consumo máximo de oxigênio (VO2máx) em uma esteira motorizada. Após 3 dias, na segunda visita, os dezoito participantes foram distribuídos aleatoriamente para consumir 500ml de uma bebida energética ou placebo 60 minutos antes de realizar a prova de 5 quilômetros de corrida em esteira motorizada. Após sete dias, os participantes retornaram ao laboratório e ingeriram a bebida oposta ao do teste anterior e realizaram a mesma prova de 5 quilômetros de corrida. As variáveis foram mensuradas variáveis como tempo de corrida de 5 quilômetros, percepção subjetiva de esforço (PSE), frequência cardíaca (FC) e distância percorrida, sendo que FC e PSE foram medidas foram medidas em repouso, 1 hora antes da ingestão da bebida, em intervalos de 5 minutos durante a prova e imediatamente após o exercício. Resultados e discussão: o desempenho foi melhor com a ingestão da bebida energética em comparação com a bebida placebo, em que o tempo de corrida foi menor (bebida energética: 1413,2 segundos ± 169,7 vs Placebo: 1443,6 segundos ± 179,2 segundos, p = 0,016). O tempo para completar o percurso também foi significativamente melhor quando a bebida energética foi consumida. Tais resultados são decorrentes dos efeitos benéficos da combinação da cafeína com os diferentes ingredientes contidos na bebida energética, que resulta em efeito ergogênico.